O McDonald’s, nos Estados Unidos, está no centro de uma investigação sobre um surto de contaminação envolvendo uma bactéria, a Escherichia coli, também conhecida como E. coli. O caso resultou em uma morte e jogou luz sobre o que é E. coli.
Essa bactéria faz parte da microbiota intestinal dos seres humanos. Entretanto, algumas cepas provocam doenças, como aconteceu nos Estados Unidos. Assim, conheça como o que é E. coli pode significar um problema, como ela age, os sintomas e formas de prevenção.
O que é E. coli e como age: Entenda a bactéria associada ao surto nos EUA
O que é a bactéria Escherichia coli (E. coli)?
A maioria das E. coli é inofensiva. Inclusive, elas fazem parte do trato intestinal dos seres humanos. E como age a bactéria E. coli no organismo? Ela ajuda a digerir alimentos, produzir vitaminas e proteger contra germes nocivos.
A flora intestinal, também conhecida como microbiota intestinal, reúne uma série de bactérias intestinais, vírus, fungos e outros microrganismos. A Escherichia coli é uma delas. Além da microbiota de pessoas e de animais, essa bactéria também pode ser encontrada no ambiente, em alimentos e na água.
Contudo, algumas cepas da E. coli provocam problemas de saúde, como diarreia, infecção do trato urinário, pneumonia, sepse, entre outras doenças. A infecção pode ocorrer por meio de alimentos ou água contaminados, além do contato com animais e pessoas. Essa bactéria, assim, pode resultar em surtos, como o relacionado ao McDonald’s nos Estados Unidos, com E. coli em fast food.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos está investigando o caso envolvendo o que é E. coli. Esse surto atingiu 49 pessoas em dez estados e resultou em uma morte e dez hospitalizações.
Como a E. coli age no organismo humano?
A Escherichia coli compõe a microbiota intestinal. Contudo, as bactérias têm características que podem facilitar problemas, como os fatores de virulência, que são a condição que algumas cepas têm a nível de estruturas, produtos e estratégias para aumentar a capacidade de causar uma infecção.
Segundo o CDC, a E. coli tem seis cepas que podem provocar diarreia. Algumas delas resultam em outros sintomas. A E. coli produtora de toxina Shiga (STEC), por exemplo, pode levar à Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU), que pode evoluir para insuficiência renal e causar óbito.
Como no caso envolvendo o McDonald’s nos Estados Unidos, a infecção por E. coli pode ser provocada por alimentos contaminados. A água contaminada também é uma fonte de transmissão. Contato com animais (fezes e ambiente) e contato com fezes de uma pessoa infectada completam as principais formas de transmissão.
Crianças menores de 5 anos, adultos com 65 anos ou mais, pessoas com sistema imunológico enfraquecido e viajantes internacionais compõem os grupos com maior probabilidade de infecção por o que é E. coli.
Sintomas da infecção por E. coli
Com o conhecimento sobre o que é E. coli, o alerta fica ligado para sintomas produzidos por infecções causadas por essa bactéria. As manifestações podem ser consideradas leves. Entretanto, ela também pode causar problemas mais sérios e até levar à morte. Os principais sintomas e problemas são os seguintes:
- vômito
- diarreia
- diarreia com sangue
- cólicas estomacais
- febre baixa
- febre alta
- Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU)
- Insuficiência renal
- infecção urinária
- pneumonia
- sepse
Causas e formas de transmissão da E. coli
O surto investigado relacionado ao McDonald’s expõe uma das principais formas de contaminação e joga luz sobre o que é E. coli. Alimentos contaminados estão entre as possibilidades mais frequentes de infecção, o que reforça a importância do preparo correto (uma maneira de prevenção, inclusive).
Da mesma maneira, a água contaminada também é prevalente em casos de surto e infecção de E. coli. Assim, a atenção deve ser redobrada com a alimentação e a qualidade da água.
As outras formas de transmissão envolvem contato com animais (o ambiente e as fezes) e fezes de pessoas contaminadas.
O surto de E. coli nos EUA: O que aconteceu no McDonald’s?
A investigação está em curso, conduzida pelo CDC. O caso ganhou proporção mundial nesta terça-feira (22). O órgão norte-americano investiga um surto envolvendo 49 pessoas, em que a maioria relatou ter comido um sanduíche do McDonald’s antes de ficar doente.
A maioria dos problemas aconteceu no Colorado e em Nebraska. Ainda segundo o CDC, ainda não se sabe qual ingrediente específico está contaminado. Entretanto, o McDonald’s, em colaboração com a investigação, removeu cebolas em tiras e hambúrgueres de carne bovina.
A rede de fast food também interrompeu a venda do Quarterão, o sanduíche apontado pela maioria das pessoas doentes depois da ida ao McDonald’s e neste caso do que é E. coli. Kansas, Utah, Wyoming e partes de Idaho, Iowa, Missouri, Montana, Nevada, Novo México e Oklahoma também estão com as restrições.
O que é E. coli: Como prevenir a infecção?
Após descobrir o que é E. coli e conhecer o que ela pode provocar, a pergunta se faz necessária: e como prevenir? A resposta principal tem a ver com a higiene pessoal e a com os alimentos, além da água potável.
Manter as mãos limpas é uma das melhores maneiras de prevenção da E. coli. Assim, é necessário lavá-las bem e corretamente. Desta maneira, você vai se proteger e proteger outras pessoas.
O cuidado com a alimentação também é fundamental, inclusive com o ambiente. O CDC indica quatro “etapas” para prevenir intoxicação alimentar: limpar, separar, cozinhar e resfriar.
A limpeza envolve as mãos (lavá-las com sabão antes, durante e depois de preparar os alimentos e antes de comer), os utensílios e as frutas e vegetais frescos. Já separar os alimentos (manter carne crua, aves, frutos do mar e ovos separados de outros alimentos na geladeira) é uma maneira de evitar contaminação alimentar cruzada.
O cozimento também é fundamental – com a temperatura alta o suficiente para matar os germes que podem causar doenças. Neste sentido, termômetros de alimentos são aliados.
A outra etapa é o cuidado de resfriar, que significa guardar os alimentos na geladeira imediatamente. Isso porque as bactérias podem se multiplicar rapidamente em alimentos deixados em temperatura ambiente. Assim, é mais uma maneira de evitar E. coli em alimentos contaminados.
A atenção com a água potável também é essencial para evitar infecção bacteriana. Além disso, outra forma de prevenção é não engolir água de piscinas, lagos, lagoas ou riachos. Em relação aos viajantes, é aconselhável pesquisar a respeito da qualidade da água do local.
Tratamento para infecção por E. coli
Um dos focos em relação aos problemas causados pelo o que é E. coli envolve a diarreia. Assim, a indicação é beber bastante líquido para evitar uma possível desidratação.
Em alguns casos de tratamento de infecção por E. coli, com prescrição médica, o uso de remédios antidiarreico pode ser necessário para ajudar com as cólicas e diarreias. Entretanto, esses remédios não são indicados em caso de febre alta e diarreia com sangue e para infecção E. coli produtora de toxina Shiga (pode aumentar o risco de ter Síndrome Hemolítico-Urêmica.
O uso de antibióticos também pode ser recomendado em casos de infecção por E. coli para tratar doenças intestinais graves. Entretanto, segundo o CDC, a maioria das pessoas melhora sem a utilização desses remédios.
Segurança alimentar: Lições aprendidas com surtos de E. coli
O caso em investigação nos Estados Unidos envolvendo o que é E. coli e o McDonald’s reforça a necessidade de estar atento à segurança alimentar. Ou seja, priorizar locais conhecidos e fazer pesquisas sobre algum tipo de problema.
Como a situação de E. coli nos EUA mostra, até mesmo uma rede expressiva pode cometer deslizes. Isso sem falar na discussão sobre fast food e saúde.
Ao notar algo estranho – sabor diferente ou aspecto fora do comum – em alimentos, a orientação é parar de comer/não comer. Se for em estabelecimentos comerciais, comunicar os responsáveis.
Em casa, as dicas de prevenção são fundamentais para evitar problemas e contaminações, tanto intoxicação alimentar por E. coli, como outras bactérias e microrganismos.