O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou nesta quarta-feira (23), durante uma coletiva de imprensa em Roma, que não encontrou evidências de que o Hezbollah teria construído um bunker sob o hospital Al-Sahel, em Beirute. A informação foi divulgada pelo governo de Israel na segunda-feira (21).
Austin destacou que os EUA continuarão investigando a questão em colaboração com Israel.
“Não vimos evidências disso neste momento. Mas continuaremos a colaborar com nossos colegas israelenses para obter mais fidelidade sobre exatamente o que eles estão observando”, disse o secretário ao ser questionado sobre as alegações israelenses.
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O exército de Israel havia anunciado a localização de um bunker do movimento libanês Hezbollah sob o hospital, afirmando ainda que o esconderijo continha cerca de 500 milhões de dólares (aproximadamente R$ 2,8 bilhões). Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), o local seria um refúgio do líder do grupo extremista, Hassan Nasrallah, morto na semana passada.
Entretanto, Fadi Alameh, diretor do hospital e parlamentar libanês pelo partido xiita, afirmou que as informações são falsas.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, Alameh disse ter solicitado ao exército libanês uma visita ao local para comprovar que no hospital existem apenas salas de cirurgia, pacientes e um necrotério.
Conflito entre Israel e Hezbollah
Os confrontos entre Israel e o Hezbollah continuam se intensificando. Nesta quarta-feira (23), Israel realizou novos bombardeios no Líbano e na Faixa de Gaza, como parte da ofensiva em resposta aos ataques iniciados pelo grupo extremista Hamas no dia 7 de outubro.
O Hezbollah, por sua vez, reivindicou o lançamento de vários foguetes em direção a Tel-Aviv, enquanto a Resistência Islâmica no Iraque afirmou ter atacado a cidade portuária israelense de Eilat.
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também está em Israel desde terça-feira (22), em sua 11ª viagem ao Oriente Médio, na tentativa de promover negociações para um cessar-fogo na região. Blinken pretende se encontrar com líderes israelenses e de países árabes nas próximas semanas.
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