Economia e negócios – Decisões do BCE, COPOM e Fed movimentam os Mercados

Após as decisões do Federal Reserve (Fed) de manter os juros americanos entre 4,25% e 4,5% e do Banco Central do Brasil (BC) de elevar a Selic para 13,25% ao ano, o mercado volta sua atenção para a reunião do Banco Central Europeu (BCE). A expectativa é de que a autoridade monetária europeia reduza a taxa de 3% para 2,75%, com investidores atentos ao discurso da presidente Christine Lagarde.

A preocupação com a inflação global aumentou diante da possibilidade de novos aumentos de tarifas de importação nos Estados Unidos. Amanhã, será divulgado o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de dezembro, principal indicador de inflação usado pelo Fed em suas decisões. Além disso, hoje sai a primeira leitura do PIB americano do quarto trimestre e do acumulado de 2024, acompanhada dos balanços de Microsoft, Tesla e Meta.

Na B3, o Ibovespa caiu 0,50%, fechando em 123.432 pontos. A Vale, maior companhia do índice, subiu 0,28% após a divulgação de seu relatório de produção. Já a Petrobras recuou 0,62%, refletindo a queda nas cotações internacionais do petróleo e as incertezas sobre a política de preços de combustíveis.
No Brasil, o Tesouro Nacional divulga hoje o resultado primário do governo, com projeção de déficit de R$ 45,7 bilhões, bem abaixo do saldo negativo de R$ 230,5 bilhões de 2023. Também serão apresentados os dados do Caged referentes a dezembro e ao acumulado de 2024. Mais cedo, a FGV informou que o IGP-M avançou 0,27% em janeiro, desacelerando em relação aos 0,94% de dezembro, mas acima da expectativa de 0,2%.

Na Europa, os dados do PIB trouxeram sinais mistos. A economia da Alemanha encolheu 0,2% no quarto trimestre, enquanto a França teve queda de 0,1%. No entanto, o PIB da Zona do Euro registrou crescimento de 0,7% em 2024.
O dólar registrou sua oitava queda consecutiva, recuando 0,06%, para R$ 5,8656, acumulando uma sequência de desvalorização não vista desde 2022. No Japão, o Nikkei fechou com alta de 0,25%, enquanto o mercado chinês segue fechado pelo Ano Novo Lunar.

Por Thiago Lira
Economista e especialista em análise de dados.

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