Investigações começaram depois que raio-x de hospital municipal foi encontrado na sendo usado irregularmente na Maxi Clinic. Pelo menos 15 cidades da Região Metropolitana de Curitiba têm contrato com a clínica para encaminhar pacientes que precisam de raio-x. Empresa cobrava aluguel por equipamentos públicos de raios-x
A Polícia Civil investiga a suspeita de que equipamentos de pelo menos três cidades do Paraná foram desviadas para aluguel pela clínica particular Maxi Clinic.
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As investigações começaram depois que uma máquina de raio-x desviada de um hospital municipal de Matinhos, no litoral do Paraná, foi encontrada na quarta-feira (29) sendo usada irregularmente na clínica, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba.
Segundo a polícia, a Maxi Clinic tem contrato com a Prefeitura de Matinhos para o fornecimento e manutenção de uma máquina de raio-x utilizada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da cidade.
No entanto, o equipamento alugado para a UPA pertence ao município de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. Segundo a prefeitura, a máquina deveria estar em um depósito há cerca de dois anos, quando começaram as reformas no hospital municipal.
Porém, a prefeitura descobriu que ele foi retirado do local há mais de um ano pela empresa Maxi Clinic, que foi contratada para fornecer a locação de um raio-x portátil, que cabe no Hospital Provisório de Rio Branco do Sul.
“A promessa da empresa na época foi tirar uma peça do equipamento para a manutenção, mas o servidor responsável acabou fazendo a retirada total do equipamento”, detalha a prefeita Karime Fayad.
Ao verificar o equipamento que está no hospital provisório, a prefeitura encontrou uma placa que indica que a máquina pertence à Prefeitura de Doutor Ulysses.
Um Boletim de Ocorrência (B.O) foi registrado e a polícia investiga o caso.
Em nota, a defesa da empresa Maxi Clinic afirmou que aguarda acesso aos autos do processo, que está em segredo de Justiça.
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Contratos rescindidos
Máquina de raio-x desviada de maternidade em Matinhos é encontrada em clínica particular de Almirante Tamandaré
PCPR
Karime Fayad, prefeita de Rio Branco do Sul, também é presidente do Consórcio Metropolitano de Serviços do Paraná (COMESP). O órgão apurou que pelo menos 15 cidades da região têm contrato com a Maxi Clinic para encaminhar pacientes que precisam de raio-x.
A Prefeitura de Matinhos, por exemplo, que teve um dos equipamentos desviados, tinha um contrato vigente que previa a locação de um raio-x por 12 meses por um valor total de R$ 113.880.
Depois da denúncia do desvio, o prefeito Eduardo Dalmor solicitou a rescisão do contrato.
“Nós vamos cancelar o contrato e denunciar no Tribunal de Contas, porque não é possível acontecer isso e a empresa sair na boa”, detalhou.
Em Rio Branco do Sul, a prefeitura também optou por rescindir o contrato com a empresa e abriu uma sindicância para apurar o possível envolvimento de servidores.
“A gente já notificou a empresa e está abrindo um Processo Admnistrativo Sanatório (PAS), que pode resultar em coisas maiores, como a empresa não podendo licitar no estado do Paraná como resultado do nosso procedimento. Espero que outros municípios também atuem da mesma maneira para que a empresa seja punida admnistrativamente e não possa licitar”, afirma a prefeita.
Máquina de raio-x desviada de maternidade em Matinhos é encontrada em clínica particular de Almirante Tamandaré
PCPR
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