Homem que queimou Alcorão na Suécia em 2023 como protesto é morto enquanto fazia live no TikTok

Queimar o livro religioso é visto pelos muçulmanos como um ato de blasfêmia porque o consideram a palavra literal de Deus. O refugiado iraquiano Salwan Momika, de 38 anos, que ficou conhecido por colocar fatias de bacon entre páginas do Alcorão e queimar o livro em frente a mesquita na Suécia, em 2023, morreu na noite de quarta-feira (29).
Ele foi baleado em um apartamento em Sodertalje, perto de Estocolmo, informou a emissora pública SVT, citando fontes policiais não identificadas. Ele faleceu poucas horas antes de receber o veredicto do tribunal após um julgamento pela queima do Alcorão.
Um tribunal de Estocolmo iria julgar Momika e outro homem nesta quinta-feira por “crimes de agitação contra um grupo étnico ou nacional”. Queimar o Alcorão é visto pelos muçulmanos como um ato de blasfêmia porque o consideram a palavra literal de Deus.
A mídia sueca informou que Momika estava transmitindo ao vivo no TikTok no momento em que foi baleado. Um vídeo visto pela Reuters mostrou a polícia pegando um telefone e encerrando uma transmissão ao vivo que parecia ser da conta TikTok de Momika.
O outro réu no mesmo processo judicial postou uma mensagem no X na quinta-feira, dizendo: “Eu sou o próximo”.
“Estamos acompanhando de perto o desenvolvimento dos acontecimentos para ver que impacto isso pode ter na segurança sueca”, disse um porta-voz do Serviço de Segurança à Reuters, acrescentando que se tratava de um assunto policial e que eles estavam liderando a investigação.
Em 2023, a Suécia elevou o seu alerta de terrorismo para o segundo nível mais alto e alertou para as ameaças contra os suecos no país e no estrangeiro depois das queimadas do Alcorão, muitas delas por Momika, indignarem os muçulmanos e desencadearem ameaças de jihadistas.
Embora o governo sueco tenha condenado a onda de queimadas do Alcorão em 2023, esta foi inicialmente considerada uma forma protegida de liberdade de expressão.
A agência de migração da Suécia em 2023 quis deportar Momika por fornecer informações falsas sobre o seu pedido de residência, mas não conseguiu, pois corria o risco de tortura e tratamento desumano no Iraque.
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