Trump diz que Brasil quer prejudicar os EUA e promete tarifas

Donald TrumpJIM WATSON

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a mirar o Brasil em um discurso nesta segunda-feira (27). Durante um encontro com republicanos na Flórida, o líder norte-americano classificou o Brasil como um “tremendo criador de tarifas”, ao lado de países como China e Índia. A declaração foi feita enquanto Trump defendia a imposição de novas tarifas como uma estratégia para proteger a economia dos EUA.

“Vamos colocar tarifas em outros países e pessoas de fora que realmente querem nos prejudicar. Eles querem nos prejudicar, mas basicamente querem tornar seus países melhores. Olhem o que os outros fazem. A China é um tremendo criador de tarifas, assim como a Índia e o Brasil, entre tantos outros países”, afirmou Trump em seu discurso.

A política econômica protecionista foi um dos pontos centrais da fala do presidente, que prometeu priorizar os interesses americanos. “Vamos estabelecer um sistema muito justo em que o dinheiro vai entrar em nossos cofres, e a América vai ser muito rica novamente. E isso vai acontecer rapidamente”, declarou.

Trump também mencionou seu plano de retornar a práticas econômicas do final do século XIX e início do século XX, que, segundo ele, fortaleceram a economia americana. “É hora dos Estados Unidos voltarem para o sistema que nos tornou mais ricos e mais poderosos do que nunca. Entre 1870 e 1913, taxávamos tudo. E esse foi o período mais rico da história dos Estados Unidos”, frisou.

Em dezembro de 2024, logo após sua reeleição, Trump já havia ameaçado taxar produtos brasileiros, afirmando que países como Índia e Brasil adotavam práticas desleais contra os EUA. Apesar da expectativa inicial de que tais medidas fossem implementadas imediatamente após a posse, o governo ainda não colocou as tarifas em prática, o que contribuiu para uma leve desvalorização do dólar, que voltou a operar abaixo dos R$ 6.

Analistas econômicos especulam que as tarifas prometidas por Trump possam ser implementadas já em fevereiro, seguindo o padrão do discurso protecionista adotado pelo presidente desde sua reeleição.

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