Após fiscalização constatar graves irregularidades, o contrato com a empresa de ônibus chegou ao fim. Viação fazia as principais rotas entre Belo Horizonte e o Sul de Minas Gerais. As linhas de ônibus intermunicipais da Expresso Gardenia passam a ser operadas por cinco novas empresas a partir deste sábado (25). Viação Serro, Santa Rita, Santa Cruz, Bonanza e Viasul assumem as rotas que atendem 97 municípios do Sul de Minas.
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Também a partir deste sábado (25), os bilhetes voltam a ser comercializados pelas novas operadoras, mantendo os preços das passagens e os itinerários, conforme a regulamentação estadual. Para os próximos meses, algumas empresas já afirmaram que pretendem ampliar os horários.
Viação Expresso Gardenia tenta transferir linhas para a Saritur
Reprodução EPTV
A decisão de encerrar os contratos da Expresso Gardenia foi divulgada na quinta-feira (23) e motivada pela Operação Ponto Final, realizada entre abril e maio de 2024 pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG).
À época, a fiscalização identificou graves irregularidades, como atrasos, má conservação dos veículos e falhas operacionais. Em junho de 2024, os contratos da Gardênia foram suspensos, e outras operadoras assumiram as linhas provisoriamente.
Sem resolver as irregularidades, a Gardenia solicitou a transferência das linhas para outras empresas. Após análise, a Seinfra aprovou a transferência para as novas concessionárias, que comprovaram condições de operar com segurança e qualidade.
Veja, abaixo, o que muda a partir disso:
Lista das empresas que farão as rotas antes operadas pela Gardênia.
Divulgação/Governo de Minas
Histórico
A Viação Expresso Gardenia fazia os principais itinerários entre Belo Horizonte e o Sul de Minas.
Em maio de 2024, a empresa deixou de operar linhas após diversas fiscalizações da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) e do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG).
Entre demissões e manifestações de funcionários, a viação estimou um prejuízo de R$ 4,5 milhões — valor que poderia aumentar para R$ 6 milhões, segundo a empresa, caso as linhas não fossem retomadas. Mais de 200 trabalhadores foram demitidos; número que poderia aumentar para 400.
No início de julho, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais derrubou uma liminar da Vara Empresarial e manteve a decisão da Secretaria de Infraestrutura do Estado, a Seinfra, de suspender as linhas da Gardenia por 90 dias.
No fim de julho, a Expresso Gardenia afirmou ao Ministério do Trabalho que só deveria pagar os direitos dos funcionários demitidos pela empresa se pedidos feitos à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) fossem atendidos.
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