Dois transatlânticos, com capacidade para cerca de 5 mil leitos, vão ficar ancorados em um terminal que está sendo reformado. Uma comitiva da ONU encerrou nesta sexta-feira (24), em Belém, a inspeção das obras para a COP 30
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Uma comitiva da ONU encerrou nesta sexta-feira (24), em Belém, a inspeção das obras para a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.
Dois transatlânticos, com capacidade para cerca de 5 mil leitos, vão ficar ancorados em um terminal que está sendo reformado. Ele é um pouco mais afastado do Centro de Belém e foi escolhido porque não precisa de dragagem. Outros grandes eventos já usaram navios para hospedar visitantes. Foi assim na Copa do Mundo do Catar.
A delegação da ONU passou a semana na cidade avaliando as estratégias do governo do Pará em áreas como saúde, segurança e hospedagem. A oferta limitada de leitos é um dos desafios para receber cerca de 50 mil pessoas durante a Conferência do Clima em novembro. Em plataformas online, os aluguéis de imóveis durante a COP variam de R$ 30 a R$ 145 mil. Para ampliar o número de leitos, o governo do estado também está reformando escolas, onde ficariam 5 mil pessoas.
O governo federal deve investir R$ 4 bilhões na preparação de Belém para a cúpula. Mais de 70% das obras estão concluídas no parque que vai concentrar a maior parte do evento. Com o período de chuvas, o ritmo dos trabalhos diminuiu. Mas, segundo o governo, não afeta o cronograma.
“Temos uma intensa agenda até agosto e setembro para que até setembro, portanto, dois meses antes da COP, nós possamos estar com todos os equipamentos prontos e entregues”, diz o governador do Pará, Helder Barbalho.
Governador do Pará
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A chefe da delegação da ONU disse que a COP é um desafio político e logístico para todas as cidades do mundo e que a missão da organização é também apoiar o trabalho das equipes.
“O nosso objetivo comum a todo é tornar a COP uma COP com sucesso”, afirma a secretária executiva da ONU para Mudanças Climáticas, Noura Hamladji.
A Conferência de 2025 ocorre em um momento crítico: 2024 foi o ano mais quente da história. A COP pretende ampliar as políticas para conter a emissão de gases de efeito estufa. Mas logo que assumiu, o presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do Acordo do Clima.
“O governo brasileiro vai com amplas consultas para a sociedade, amplas consultas com os mais diferentes setores no Brasil e podemos fazer uma COP que vai realmente ter importância nesse contexto mundial bastante desafiador que nós estamos vendo o que está acontecendo”, afirma André Correa do Lago, presidente da COP-30.
COP30
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