Nesta segunda-feira, as atenções dos mercados globais se voltam para o discurso de posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As primeiras medidas esperadas incluem aumento de tarifas de importação, maior rigor na política de imigração e expansão fiscal. Caso esses fatores se confirmem, a manutenção da taxa básica de juros americana, atualmente entre 4% e 4,25%, pode se estender por mais tempo.
Os mercados reagem positivamente: Nasdaq subiu 0,11%, S&P 500 avançou 0,04%, e Dow Jones teve alta de 0,09% antes da abertura. Apesar disso, as operações à vista estão suspensas devido ao feriado de Martin Luther King. Na Europa, as bolsas operam em alta moderada, e o Fórum Econômico Mundial de Davos começa hoje na Suíça.
No Brasil, o Relatório Focus do Banco Central revisou as expectativas para o IPCA de 5% para 5,08%, enquanto o PIB é projetado para crescer 2,04% em 2025. O BC também anunciou a oferta de US$ 2 bilhões ao mercado nesta manhã, buscando maior estabilidade cambial. Na sexta-feira, o dólar comercial fechou a R$ 6,0655, refletindo dados da produção industrial dos EUA.
Na semana passada, o Ibovespa teve forte alta de 2,94%, atingindo 122.350 pontos, impulsionado pelo crescimento de 5% da economia chinesa. A Vale subiu 3,46%, enquanto a CSN Mineração avançou 5%, em resposta à valorização do minério de ferro, que atingiu US$ 107,13 a tonelada. O dólar recuou 0,59% na semana.
Ainda no cenário internacional, o Banco do Povo da China manteve as taxas básicas de financiamento pelo terceiro mês consecutivo. O minério de ferro em Dalian subiu 0,64%, enquanto o petróleo Brent recuava 0,45% e o WTI, 0,23%. No Oriente Médio, o Hamas iniciou a libertação de reféns em Israel como parte do acordo de cessar-fogo em vigor, embora as tensões na região permaneçam elevadas.
Por Thiago Lira – Economista e especialista em análise de dados.