Fotógrafo flagra água-viva gigante e rara no litoral de SP por admin | 4 de dezembro de 2024 - 11:12 |4 de dezembro de 2024 Sem categoria O fotógrafo Rafael Mesquita flagrou uma água-viva gigante e rara no Litoral Norte de São Paulo. Foi na Ilha do Montão de Trigo, entre São Sebastião (SP) e Bertioga (SP). Ele disse que o animal tinha 60 centímetros de diâmetro e mais de 10 metros de tentáculos. Nas imagens do vídeo é possível ver muitos peixes pequeninos ao redor da água-viva. O G1 ouviu o professor Alberto Lindner, da UFSC, e ele disse que essa espécie – Drymonema Gorgo – é a maior do Brasil e raramente avistada. Desde 1857, quando foi vista pela primeira vez, foram somente 63 registros dessa espécie. As Medusas, chamadas normalmente de Águas-Vivas, são seres que têm corpos formados majoritariamente por água (95%), o que ocasionou o seu nome popular. Quando se sente ameaçada, a água-viva solta um ferrão que injeta uma substância urticante na vítima, seja animal ou pessoa. A pessoa ferida tem a sensação de queimadura, embora, tecnicamente, a água-viva não queime. O que ocorre, na verdade, é um envenenamento químico com toxinas. Por isso, elas são consideradas peçonhentas. E causam uma dor intensa. Não se deve esfregar a pele após intoxicação pela água-viva , pois isso só serve para espalhar o veneno, ainda armazenado nos tentáculos. Os bombeiros afirmam que não se deve usar água doce ou água da toneira. O correto é lavar a parte do corpo que sofreu a picada com água do mar ou vinagre. O ideal, inclusive, é pedir ajuda aos guarda-vidas. Nas guaritas, quem é queimado costuma usar vinagre para tratar a lesão. E diz que arde bastante. E cuidado: mesmo quando estão na areia, uma água-viva oferece o mesmo perigo. A capacidade de envenenar permanece por 24 horas após o momento em que ela fica fora da água. Nunca as manipule. Podem estar vivas, mesmo parecendo mortas. Existem mais de mil espécies de águas vivas pelos oceanos, em todo o planeta. No Brasil, as mais comuns são Olindias sambaquiensis, Physalia Physalis (caravela portuguesa – foto) e Chrysaora láctea As águas-vivas medem entre 2 centímetros e 2 metros de comprimento. Portanto, há uma variedade grande de tamanhos. A água-viva pode ter até 40 tentáculos, que ficam em volta da boca e auxiliam na captura do alimento. As águas-vivas podem comer peixes e crustáceos. Além disso, podem ter microalgas vivendo em seus tecidos e fornecendo nutrientes por meio do processo da fotossíntese. Especialistas afirmam que o aquecimento global, que vem chamando atenção com altas temperaturas fora de época, fazem bem às águas-vivas e aumentam a sua proliferação. Uma curiosidade é que existem águas-vivas que brilham na escuridão. Elas possuem órgãos bioluminescentes que provocam esse efeito. Mas nem todas são assim. Esse animal marinho tem até uma data comemorativa: 3 de Novembro é Dia Mundial da Água-Viva. No Brasil, águas-vivas têm proliferado no litoral gaúcho. Os guarda-vidas chegaram a fincar bandeiras azuis nas praias – entre elas, a Capão da Canoa – para alertar sobre o perigo. Outra praia com registros de águas-vidas no sul brasileiro é a Praia do Cassino, que aparece no topo das listas das maiores praias do mundo, pois tem incríveis 245 km de extensão. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a água clara e com elevação da temperatura se torna convidativa para os banhistas e ao mesmo tempo favorece a proliferação das águas vivas. E é necessário ter cuidado. Recentemente, um pesquisador brasileiro participou de uma descoberta no Oceano Pacífico. André Carrara Morandini, da Universidade de São Paulo (USP), se uniu a cientistas japoneses na identificação de uma nova espécie de água-viva. Essa água viva habita uma formação vulcânica chamada de Caldeira Sumisu, nas Ilhas Ogasawara, cerca de 460 km ao sul da capital Tóquio. A espécie recebeu o nome de medusa da cruz de São Jorge em referência ao seu formato. Vista de cima, a água-viva lembra a cruz vermelha da bandeira inglesa. Como toda água-viva ela é transparente. Mas esta tem um estômago avermelhado. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia, o Caltech (foto) criaram uma água-viva biônica que vai auxiliar nos estudos sobre as profundezas do oceano. Eles explicaram que fizeram um implante de um dispositivo microeletrônico numa água-viva real, de modo que ela consiga nadar 4,5 metros mais rápido do que o animal normal. E vai transmitir informações sobre temperatura, salinidade e níveis de oxigênio. Adicionar aos favoritos o Link permanente.