Portas da Câmara de Gravatá são interditadas e vereadores denunciam tentativa de impedimento de votação para eleição de novo presidente


Reunião extraordinária para eleger novo presidente para a casa foi marcada para esta quinta-feira (28), mas as portas da casa legislativa foram lacradas. Câmara de Gravatá, no Agreste de Pernambuco
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Câmara de Gravatá, no Agreste de Pernambuco
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Vereadores da cidade de Gravatá, no Agreste, denunciam uma tentativa de impedimento de uma votação para eleição de um novo presidente para a casa legislativa. Os parlamentares alegam que uma reunião extraordinária foi marcada para a manhã desta quinta-feira (28), mas as portas da Câmara foram lacradas.
A nova votação foi motivada porque o atual presidente da mesa diretora da Câmara, Leonardo José da Silva, está no terceiro mandato. No entanto, de acordo com a decisão nº 6524 do STF, é vedada a recondução dos membros da mesa diretora por mais de uma reeleição seguida por configurar indevida perpetuação no poder.
Portas da Câmara de Vereadores de Gravatá foram interditadas na manhã desta quinta-feira (28)
Reprodução/Redes sociais
Após o agendamento da reunião para a votação, um documento foi expedido alegando que a Câmara passaria por um serviço de dedetização e estaria fechada até a próxima sexta-feira (29). No entanto, ao chegar no local nesta quinta-feira, foi verificado que as portas estavam com um resíduo na fechadura que impedia a abertura do espaço.
“No processo de nº 0000235-57.2023.8.17.2670 foi determinada a suspensão da posse diante dessa irregularidade e foi determinada a realização de novas eleições. Ele vem atrasando deliberadamente para não realizar as novas eleições, mas o juiz fixou multa de 100 mil para cada vereador integrante da mesa caso não fosse realizada”, esclareceu o advogado Luciano Felix.
Por causa da interdição da Câmara, os vereadores decidiram montar uma espécie de plenário do lado de fora, com mesas, cadeiras e toldos.
Plenário improvisado foi montado em frente à Câmara de Vereadores de Gravatá
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Em nota, a Câmara de Vereadores disse que recebeu com surpresa o comunicado a respeito da reunião extraordinária.
“O Presidente da Câmara Municipal não recepcionou qualquer decisão o destituindo do cargo que foi legitimamente eleito, de sorte que referida convocação é ilegal, clandestina e configura inclusive o crime de exercício arbitrário das próprias razões”, diz trecho da nota.

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