A Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (30) o projeto que previa a cobrança de imposto sobre grandes fortunas, ou seja, conjuntos de bens acima de R$ 10 milhões. Entre os 16 deputados de Santa Catarina, 11 votaram contra. Três votaram a favor e dois se ausentaram.
A inclusão do imposto sobre grandes fortunas foi barrada por 262 votos a 236. A proposta foi apresentada como um destaque do PSOL que integraria o projeto da reforma tributária. A proposta, do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), determinava a taxação de bens e direitos de qualquer natureza, no Brasil e no exterior, de valor superior a R$ 10 milhões.
Se fosse aprovado o projeto, a taxação seria de 0,5% para fortunas entre R$ 10 milhões e R$ 40 milhões, de 1% entre R$ 40 milhões e R$ 80 milhões, e 1,5% naquelas acima de R$ 80 milhões.
Autor da emenda, Ivan Valente argumentou que o imposto sobre grandes fortunas poderia aumentar em até R$ 70 bilhões a arrecadação. Com a rejeição, o texto da reforma tributária agora segue para o Senado sem a inclusão da cobrança.
O texto-base já havia sido aprovado em agosto deste ano e faltava à votação apenas a análise dos destaques, que são as sugestões de alteração. Entre os deputados catarinenses, somente Ana Paula Lima (PT), Jorge Goetten (Republicanos) e Pedro Uczai (PT) votaram a favor da taxação.
Como votaram os deputados federais de SC em relação ao imposto sobre grandes fortunas?
Votos a favor da taxação
- Ana Paula Lima (PT)
- Jorge Goetten (Republicanos)
- Pedro Uczai (PT)
Contra a taxação
- Carmen Zanotto (Cidadania)
- Caroline de Toni (PL)
- Cobalchini (MDB)
- Daniel Freitas (PL)
- Daniela Reinehr (PL)
- Fabio Schiochet (União Brasil)
- Gilson Marques (Novo)
- Julia Zanatta (PL)
- Luiz F. Vampiro (MDB) – suplente de Carlos Chiodini (MDB)
- Pezenti (MDB)
- Zé Trovão (PL)
Ausentes
- Darci de Matos (PSD) – suplente de Ricardo Guidi (PL)
- Ismael dos Santos (PSD)