Investigação teve início em setembro de 2024. Armas, drogas e valores em dinheiro foram apreendidos durante o cumprimento das ordens judiciais, segundo delegada. Prisão em ofensiva da polícia contra grupo suspeito de vender “droga do amor”
Reprodução/RBS TV
A Polícia Civil cumpre mais de 80 ordens judiciais em sete cidades do RS na manhã desta quinta-feira (27). A ofensiva é contra uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas sintéticas. Até as 8h, 24 suspeitos haviam sido presos.
Acesse o canal do g1 RS no WhatsAppDe acordo com a delegada Ana Flávia Leite, responsável pela operação, os investigados exerciam as funções de armazenadores, transportadores, entregadores, “laranjas” e responsáveis financeiros. O esquema envolvia a venda da chamada “droga do amor” — entorpecente sintético derivado, produzido a partir da cetamina, de alto valor no mercado, segundo a apuração.
“Já apreendidos quase R$ 6 mil, mais de 15 kg de maconha, algumas drogas sintéticas, três armas foram retiradas do poder dessa organização”, afirma a delegada.
A investigação teve início em setembro de 2024, após a polícia receber informações sobre um homem e a companheira dele serem responsáveis pelo tráfico de drogas sintéticas em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Durante o monitoramento ao casal, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa deles. Um celular foi apreendido na ocasião. A análise de mensagens no aparelho indicou a existência da organização criminosa alvo da ação policial desta quinta.
O que é cetamina?
A substância cetamina (também grafada como quetamina ou ketamina, por causa de sua origem no inglês – ketamine) é um anestésico de uso humano e veterinário que se tornou uma droga ilícita na década de 1980.
O fármaco é considerado um anestésico dissociativo, isto é, que causa efeitos alucinógenos, sensação de bem-estar e tem potencial sedativo quando usado como droga recreativa.
O primeiro caso da utilização da cetamina como droga (ou seja, para fins recreativos) foi registrado nos anos 1970, nos Estados Unidos. Na década de 1990, o uso se disseminou no Reino Unido, especialmente em clubes noturnos e festas conhecidas como raves.
No Brasil, o tráfico utiliza essa substância para produzir uma droga sintética traficada com o nome de “special k”, “Key”, “Keyla” ou “Keta”.
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