♀️ É uma inversão reflete no papel das mulheres em relação à pessoa responsável pela casa (que não é, obrigatoriamente, quem paga as contas). Ela é a própria responsável? Ou é a cônjuge, a filha, a neta ou a enteada do responsável?
📈 Entre as mulheres, 34,1% são as responsáveis da casa, e 25% foram apontadas como cônjuge ou companheira. O Censo de 2010 mostrava outro cenário: 22,9% eram as responsáveis, e 29,7%, as cônjuges ou companheiras.
📌Com isso, a fatia de lares comandados por mulheres cresceu e passou a ser praticamente igual à dos comandados por homens: em 2010, 39% dos lares tinham elas como responsáveis. Agora, são 49%. Os homens, que respondiam por 61%, agora estão à frente de 51%
▶️ Para Márcio Minamiguchi, gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, isso é resultado de uma combinação de fatores que vêm mudando ao longo do tempo.
“O aumento da independência econômica das mulheres, a maior presença no mercado de trabalho e o aumento da renda contribuem para essa questão de identificação como responsáveis [da casa]”, afirma o especialista.
Mulheres comandam maioria dos lares em quase todo o Nordeste
📝 Em 10 estados do país, 8 deles do Nordeste, as mulheres comandam mais da metade das casas:
Estados com maioria das casas comandadas por mulheres
Divisão de acordo com o número de moradores
O Censo também analisou o tamanho das casas brasileiras em relação ao número de moradores:
Número de moradores nas casas brasileiras
👨🏻👩🏻👧🏾👦 Nessa categoria, as diferenças por gênero dos responsáveis não são significativas, mas são mais marcantes quando consideramos cor ou raça.
🔍 Entre as mulheres pretas que comandam casas, 6% delas estão à frente de lares com mais de seis pessoas. Já entre homens brancos, o percentual cai para 2,4%.
Pardos superam brancos como responsáveis pela casa
Pela primeira vez, os pardos (43,8%) superaram os brancos (43,5%) como os responsáveis pela casa. A mudança acompanha outros dados já revelados pelo Censo 2022, que mostra que o número de brasileiros que se declaram pardos se tornou o maior grupo racial do país.
Divisão da população brasileira por raça
➡️ A definição da cor ou raça no Censo é feita por autodeclaração. Ou seja, o morador entrevistado identifica a si mesmo de acordo com uma de cinco alternativas: branca; preta; amarela; parda; ou indígena. Havia a opção de não declarar a raça, mas só 0,005% dos entrevistados decidiram assim.
Veja outros destaques dos dados do Censo sobre os lares brasileiros
No Brasil, há 72 milhões de lares – ou 15 milhões a mais que os 57 milhões revelados pelo Censo de 2010.
O número médio de moradores caiu de 3,3 (em 2010) para 2,8 (em 2022).
O número de pessoas morando sozinhas cresceu em todas as faixas etárias no país.
Diminuiu o número de casais com filhos e cresceu o de casais sem filhos.
Os lares homoafetivos saltaram de 59 mil para 391 mil em 12 anos.
Veja outros dados do Censo 2022:
Brasil tem 57 mil pessoas morando em tendas e barracas e 1,9 mil, em veículos
O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022)
1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total)
O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010
Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu
Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos
Após 50 anos, o termo favela voltou a ser usado no Censo
O Brasil tinha, em 2022, 49 milhões de pessoas vivendo em lares sem descarte adequado de esgoto. Esse número equivale a 24% da população brasileira
Mais da metade dos 203 milhões de brasileiros — 54,8% — mora a até 150 km em linha reta do litoral