Operação prende quadrilha de tráfico de drogas que torturava e enterrava vítimas em cemitérios clandestinos

Segundo a Polícia Civil, foram cumpridos mandados de prisão em Porto de Galinhas e Aracaju. Operação prende integrantes de facção criminosa em Ipojuca em cemitério clandestino
Uma operação foi deflagrada nesta quarta (28) contra uma quadrilha envolvida com tráfico de drogas e outros crimes na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife, e em Aracaju, segundo a Polícia Civil(veja vídeo acima). Os policiais foram às ruas para cumprir 24 mandados de prisão de suspeitos de homicídios, torturas e lavagem de dinheiro.
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A operação recebeu o nome de Manguezal Vermelho, denominação de uma planta, em alusão à existência de cemitérios clandestinos em Porto de Galinhas e Nossa Senhora do Ó, em Paulista, no Grande Recife, onde os criminosos torturavam e enterravam as vítimas dos crimes.
As vítimas eram “supostos informantes da polícia, usuários em dívidas com a facção, pessoas que comercializam drogas sem a autorização dos chefes, e até mesmo moradores locais que praticam crimes patrimoniais ou de violência doméstica na comunidade, todos estes julgados e condenados por uma espécie de tribunal do crime”.
Essa informação consta em um relatório sobre a operação, ao qual o g1 teve acesso. Ainda de acordo com esse documento:
Estão sendo investigadas 49 pessoas;
Além de Ipojuca, a quadrilha também atuava nos municípios do Cabo de Santo Agostinho, Sirinhaém, Paulista, Itamaracá, Escada e Jaboatão dos Guararapes;
Ela tinha uma estrutura hierárquica e uma divisão de tarefas entre os integrantes, como funções de “olheiros, vendedores de drogas, gerentes do tráfico, homicidas, ‘laranjas’ que emprestam suas contas bancárias para a lavagem de dinheiro, chefias da organização”.
Operação da Polícia Civil prendeu suspeitos de participar de quadrilha que comandava tráfico em Porto de Galinhas
Reprodução/WhatsApp
Outro objetivo dessa operação foi cumprir nove mandados de busca e apreensão domiciliar. Todos eles foram expedidos pela Vara Criminal de Ipojuca e em Aracaju, onde foi detido o suspeito de ser um dos chefes da quadrilha.
A Polícia Civil informou que foram empregados 150 policiais na ação. A operação contou ainda com o apoio das polícias civis de Sergipe e do Rio Grande do Norte.
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