Este ano, quase duzentos espetáculos vão ser apresentados. Campanha de popularização do teatro de Belo Horizonte completa meio século de existência
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A campanha de popularização do teatro de Belo Horizonte completa meio século de existência. Este ano, quase duzentos espetáculos vão ser apresentados.
A campanha começou em Belo Horizonte no ano de 1975. Havia poucas peças e, mesmo assim, não era nada fácil encher uma sala de teatro. O jeito era ir atrás do público. Os ingressos eram vendidos em uma Kombi que rodava a cidade. Os atores se vestiam de personagens para atrair o público.
“Ela ficava, tinha dia que na Praça Sete, depois Praça da Savassi, e praça da Liberdade. Eram os três lugares. Depois a gente começou a ampliar para outros bairros também em Belo Horizonte.”, diz Dilson Mayron, coordenador da campanha.
Em cinquenta anos de vida, a campanha cresceu. Este ano, duas mil pessoas, entre produtores, técnicos e atores, vão participar da edição e movimentar a economia da capital mineira. Até fevereiro, os artistas vão ocupar os camarins de 23 locais de apresentação. Serão 195 montagens incluindo dramas, comédias, stand-ups e espetáculos de dança.
Serão 67 espetáculos inéditos e várias reapresentações. A comédia “Acredite, um espírito baixou em mim” também está de volta à campanha. Foi apresentada pela primeira vez há 27 anos. É a mais antiga.
O grupo Maria Cotia conta com a curiosidade gerada pelo filme “Auto da Compadecida 2” para lotar os teatros novamente.
“Na nossa adaptação, a direção e concepção geral são do diretor Gabriel Vilela, que tem essa linguagem muito peculiar do teatro brasileiro, que mistura o barroco com o carnavalesco. É uma versão teatral com muita música tocada ao vivo, sem perder todo o sentido jocoso e crítico do texto de Ariano”, diz a atriz Mariana Arruda.