Da estética ao perigo: as consequências do bronzeamento artificial para a saúde

O desejo por uma pele bronzeada leva muitas pessoas a recorrerem ao bronzeamento artificial. No entanto, especialistas alertam que essa prática traz sérios riscos à saúde, superando qualquer benefício estético. Realizado por meio de câmaras de luz ultravioleta (UV), o bronzeamento artificial estimula a produção de melanina, mas a exposição frequente ou prolongada à radiação UV pode causar danos graves e irreversíveis.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de câmaras de bronzeamento está diretamente ligado ao aumento do risco de câncer de pele, incluindo o melanoma, o tipo mais agressivo da doença. Além disso, a exposição excessiva à radiação UV acelera o envelhecimento precoce, causando rugas, manchas e perda de elasticidade. Outros efeitos adversos incluem queimaduras, irritações e até danos oculares, como catarata, quando os cuidados necessários não são tomados.

O dermatologista Júlio Chaves, credenciado ao Cartão São Gabriel, explica que o bronzeamento artificial não possui um limite seguro. “A exposição aos raios UV dessas câmaras aumenta o risco de câncer de pele, como o melanoma, considerado o mais letal. Estudos mostram que o risco de melanoma cresce em até 75% para quem começa a usar câmaras de bronzeamento antes dos 35 anos. Isso ocorre porque os raios UV alteram o DNA das células da pele, favorecendo o surgimento do câncer. Não há nível seguro de exposição, qualquer dose de radiação já eleva o risco, e quanto maior a exposição, maior o perigo”, destaca o especialista.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso de câmaras de bronzeamento para fins estéticos desde 2009, devido aos altos riscos à saúde. Para quem busca um tom bronzeado de forma segura, existem alternativas, como os autobronzeadores. Eles atuam na superfície da pele, sem a necessidade de exposição à radiação UV. Além disso, a moderação na exposição solar, aliada ao uso adequado de protetor solar, continua sendo a forma mais segura de manter a pele saudável.

Segundo o Dr. Júlio, os autobronzeadores são opções eficazes e seguras para quem deseja um bronzeado. “No mercado, há produtos à base de betacaroteno e outras substâncias que oferecem coloração bronzeada temporária e, em alguns casos, até proteção solar. Esses produtos, regularizados e recomendados, são uma alternativa segura à prática de bronzeamento artificial, que é proibida pela Anvisa e condenada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) devido às suas complicações. É essencial consultar um dermatologista para avaliar as melhores opções e proteger a saúde da pele”, finaliza.

Foto: Freepik

Adicionar aos favoritos o Link permanente.