GDF nomeou 15 pessoas em vulnerabilidade social para ocupar vagas nas secretarias de estado. Selecionados fazem trabalhos como reforma de equipamentos públicos e atendimento ao público. Isac trabalha agendando visitas na secretaria de Desenvolvimento Social
Isac Ramos, de 41 anos, saiu de casa com 19 anos e, após a morte do pai, perdeu contato com a família. Em 2023, ele pediu demissão do emprego como cozinheiro para tentar outra oportunidade que acabou não dando deu certo. Foi então que se viu sem renda e sem casa.
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Ainda naquele ano, ele buscou acolhimento junto ao governo do Distrito Federal (GDF) e passou a morar numa casa de acolhimento. Por ter uma boa convivência na unidade, ele foi indicado para concorrer a uma das vagas do GDF destinadas a pessoas em situação de vulnerabilidade.
“Eu nunca consegui fincar raiz em lugar nenhum em relação a moradia, emprego, família. Eu sempre gostei de fazer as minhas coisas né, só que algumas questões que eu preferi fazer antigamente que não foram boas escolhas me fizeram ficar em vulnerabilidade social.” diz Isac.
Isac trabalha realizando agendamentos de visitas domiciliares para as pessoas assistidas pela Secretaria de desenvolvimento (veja vídeo acima);
Em 2024, o GDF abriu 15 vagas para pessoas em vulnerabilidade social trabalharem em secretarias de estado;
As pessoas selecionadas para esta iniciativa fazem trabalhos como reforma de equipamentos públicos e atendimento ao público;
A nomeação aconteceu no dia 20 de setembro, encaminhando os selecionados para as secretarias de Justiça e Cidadania( Sejus), de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
GDF cria vagas para pessoas em vulnerabilidade social trabalharem em secretarias de estado.
Rafael Franzoni/TV Globo
Para Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social, Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) é a porta de entrada para o fluxo de atendimento para essas pessoas.
“Nós avançamos em uma legislação que todas as empresas que contratam com a administração pública teriam que reservar 2% das vagas para pessoas em saída de rua e aí nessa discussão a gente pensou: por que não o governo do DF dar esse exemplo?”
Ela acredita que essa medida pode incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo. A ação é parte do plano de ação do governo para a efetivação da política distrital para a população em situação de rua. Hoje, o DF tem quase 3 mil pessoas vivendo sem moradia.
“Agora pra mim o céu é o limite. Eu vou voltar a estudar agora, futuramente eu quero realmente ser um funcionário público. Não comissionado. Mas questão de tempo. Um passo de cada vez. Eu sei que vou chegar lá”, comemora Isac.
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